Há alguns dias os brasileiros sofreram uma crise de abastecimento devido uma greve geral dos caminhoneiros. Mas, a verdade é que a crise dos combustíveis começou a se instalar faz alguns anos. Entenda melhor esse assunto.
A crise dos combustíveis é um problema que mesmo de maneira meio silenciosa, vem ganhando espaço nos últimos anos. O aumento exacerbado da frota de veículos e as dificuldades de produção dos combustíveis são os principais motivos para isso.
Todos sabem que o petróleo é uma substância fóssil de origem finita, ou seja, ele não vai durar para sempre, e sua extração vem diminuindo consideravelmente nos últimos anos. Ele é a principal base para um dos combustíveis mais utilizados no mundo. Com e a diminuição da extração do petróleo, e consequentemente a produção da gasolina, a crise dos combustíveis começou a se instalar.
A junção do problema de extração e produção com o aumento exagerado da frota de veículos pelo mundo, contribuiu ainda mais para que esse problema ganhasse força. E essa condição, fez com que diversos países começassem a buscar soluções para reduzir a frota de veículos, e assim conseguir poupar combustíveis e o meio ambiente. Neste artigo, você poderá entender melhor essa situação e como essas soluções aconteceram pelo mundo.
Como começou a crise dos combustíveis?
Há alguns anos que, tanto a extração de recursos como a produção de combustível, vêm caindo. Essa redução da produção de combustíveis, aliada ao crescimento da frota de veículos por todo o mundo, fez com que surgissem os preços altos.
No entanto, mesmo com os preços elevados, o aumento da frota de carros permaneceu constante, e com ele, a maior incidência de poluição e estragos ambientais também. De frente a problemas que parecem estar levando a população mundial para um caminho sem volta, governos de diversos países iniciaram uma busca por meios de reduzir tal situação.
E, a ponta escolhida para que essa mudança fosse iniciada foi exatamente a redução de veículos. Pois, de acordo com a lógica. Se as pessoas reduzirem o uso dos automóveis, além da emissão de poluentes, o consumo de combustível também será reduzido.
A grande questão nesse caso seria incentivar a população a usar menos seus carros, e alguns países encontraram maneiras muito interessantes de atingirem esse resultado, e conquistarem uma brecha no consumo de gasolina e na emissão de poluentes. Amenizando assim a crise dos combustíveis.
Aumento no preço dos combustíveis
A produção de combustível mundial segue uma curva gráfica, onde em seu pico mais alto, os valores promovidos foram os mais baixos. E agora, fase atual representada em tal gráfico pela descida, os valores praticados vão subindo proporcionalmente a queda da produção.
Esse aumento vem promovendo uma crise dos combustíveis. Apenas nos últimos meses no Brasil, houveram aumentos de 22% nos preços médios:
E as dificuldades de extração da matéria prima não são as únicas responsáveis. Além das questões políticas como impostos e taxas de serviço e produto, o aumento da frota veicular, também incentivou esse aumento.
De acordo com pesquisas realizadas, essa situação tende a piorar, uma vez que a frota veicular aumenta mais e mais a cada dia e a produção de petróleo e combustíveis fósseis já se encontra com sua reserva natural pela metade.
Pelo mundo, o motivo principal do aumento do petróleo e a crise dos combustíveis se deve ao aumento de veículos particulares. Já no Brasil, o principal motivo de tal aumento nos preços se deve a quantidade de taxas. Veja no gráfico a seguir como é formado o preço dos combustíveis no nosso país.
Soluções de outros países para o combate a crise dos combustíveis
Considerando que o principal motivo para a crise dos combustíveis no exterior foi o aumento da frota de carros, o caminho encontrado por diversos países para combater esse problema foi o incentivo a redução do uso do carro particular. Veja algumas providências tomadas pelo mundo para a redução desse problema:
Los Angeles
Na cidade de Los Angeles, o caminho encontrado pelo poder público foi a não adição de novas pistas em uma das rodovias mais movimentadas da cidade. A ideia principal de tal ampliação, tinha o propósito de reduzir os engarrafamentos na cidade, mas, a ampliação de outras vias, mostrou que o efeito foi o contrário. Ao invés do tráfego reduzir porque a quantidade de vias era maior, ele passou a aumentar. Já que, com mais espaço nas ruas, mais pessoas se sentiram motivadas a sair com seus veículos de casa.
Alemanha
A Alemanha também incentivou o uso menor de combustíveis criando uma lei responsável por banir os veículos movidos a diesel do centro da cidade. Com essas atitudes, as pessoas acabaram sendo desmotivadas a circularem com seus carros. Assim, além de evitar o uso do combustível, a Alemanha também conquistou menores índices de poluição do meio ambiente.
Londres
Há quinze anos atrás a cidade de Londres adotou uma medida um tanto drástica. Implantou um sistema de taxas de congestionamentos, altos valores a serem pagos por motoristas que adentrarem o centro da cidade com seus veículos. Funcionou. Muitas pessoas deixaram de circular pelo centro de carro, e consequentemente pela cidade também.
Soluções para a crise dos combustíveis no Brasil
Por aqui, o principal responsável por tal crise dos combustíveis são as taxas e impostas aplicados. Mas, isso não significa que a emissão de poluição, vinda dos veículos também não preocupe.
A possível solução para tal problema vivido no país seria a redução do uso de carros particulares. Já há alguns anos que os poderes públicos vêm investindo na implantação de ciclovias e sistemas de caronas. Mas a provável solução mais viável, especialmente nas grandes cidades, como São Paulo, seria o investimento em melhorias no transporte público.
Com transportes públicos sustentáveis, mais econômicos e eficientes certamente a maior parte das pessoas, que utilizam seus carros diariamente em busca de conforto, os deixariam em casa, para e locomoverem pela cidade apenas com os transportes públicos.
A geração de energia renovável, como a solar, por exemplo, também é uma saída interessante no nosso país.