O teste do bafômetro é o responsável pela aplicação da lei seca no Brasil. Por isso, é interessante que você o conheça melhor e entenda como ele funciona.
Apesar de saber que o teste do bafômetro é o responsável pode identificar se uma pessoa está dirigindo sob o efeito do álcool ou não. Muitas pessoas são curiosas sobre o funcionamento do mesmo.
Pensando em ajudar com essa questão criamos esse artigo com todas as explicações sobre o teste do bafômetro, as leis e os direitos em torno dele e muito mais. Acompanhe e descubra.

O que é e como funciona o teste do bafômetro
O equipamento chamado etilômetro, também conhecido como bafômetro. É um aparelho pequeno, que serve para medir o nível de álcool existente no organismo. Mais precisamente, no ar alveolar. Que por sua vez, é o ar expelido pela boca, originário dos alvéolos pulmonares.
O bafômetro trata-se de um pequeno aparelho que possui um visor na frente e um pequeno orifício na lateral, local onde o motorista deve soprar para que a medição seja feita.
Vale ressaltar que a resposta do teste do bafômetro não depende do hálito do motorista, se assim fosse seria preciso apenas escovar os dentes para evitar ser pego no teste, o ar que vem dos pulmões é o responsável pelo resultado do mesmo.
Mas, como o álcool ingerido pela boca e direcionado ao estômago vai parar nos pulmões? Simples. Tudo que nós ingerimos, seja líquido ou sólido é absorvido pelo nosso organismo e liberado na corrente sanguínea. Logo, se existe uma quantidade álcool no sangue, ela também estará presente no ar dos pulmões, em uma concentração menor é verdade, mas, estará.
O bafômetro não é responsável apenas por detectar a existência de álcool no organismo humano, ele também é capaz de detectar a quantidade concentração por litro de sangue.
Apesar de existir um modelo mais comum, mencionado acima, o bafômetro dispõe de diversos tipos de modelos. Entre eles um em formato de balão, onde algumas substâncias
Como funciona a lei em torno do bafômetro
A lei responsável pela aplicação do teste do bafômetro, é a conhecida lei seca, que em junho do ano de 2018 completou 10 anos de vigência. No Brasil, a pessoa que é flagrada dirigindo sobre a ação do álcool, é autuado e penalizado com multa, suspensão de 1 ano da CNH e, dependendo do caso, a cassação da carteira e penas de reclusão que variam de 6 meses a 3 anos.
Conforme a legislação brasileira, você pode se recusar a não realizar o teste do bafômetro, no entanto, caso o responsável pela aplicação do mesmo julgue que essa negação está sendo feita devido o medo de comprovar um índice de álcool no sangue além do permitido, você poderá ser autuado, sofrendo as penalidades descritas acima.
Qual o tempo necessário para que o álcool saia do organismo?
Esta é uma pergunta complexa, visto que a metabolização do álcool dependerá de cada organismo, separadamente. Algumas pessoas possuem um metabolismo mais rápido e conseguem eliminar os vestígios do álcool no sangue com mais facilidade, outras não.
Além disso, questões como gênero, tipo físico e hábitos de vida também influenciam. Logo, não se paute apenas nos sintomas sentidos ou não por você depois de beber para poder dirigir.
O mais certo a ser feito é que não se beba antes de dirigir, independentemente do intervalo entre uma ação e outra.
Dicas e curiosidades sobre o bafômetro
Não são apenas as bebidas alcoólicas que influenciam no teste do bafômetro, outras substâncias também podem acusar níveis de álcool no sangue. No entanto, essas situações possuem ressalvas. Entenda melhor:
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Bombons de licor
Esse é um dos itens que causa muita polêmica quando o assunto é teste do bafômetro. Conforme uma pesquisa realizada pela revista Mundo Estranho, a ingestão de um único bombom recheado com licor não é o suficiente para que haja alterações no teste do bafômetro. No entanto, se estiver falando por exemplo de uma mulher com o peso de 50 kg que tenha comido 3 ou 4 bombons, as chances do recheio serem um problema no teste do bafômetro existem sim.
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Enxaguantes bucais
Esses produtos também são muito mencionados quando o assunto são os testes de bafômetro. No entanto, por mais que eles sejam repletos de álcool na composição, as chances desse álcool interferir em um teste são quase nulas. Visto que, esse é um produto que não é ingerido, apenas usado superficialmente, e o álcool presente nele, capaz de deixar vestígios da boca, acaba evaporando muito rápido.
Multa e penalidades que são aplicadas pela lei seca
Se comprovado o índice de álcool no organismo, maior do que o permitido, o condutor poderá ser penalizado com a aplicação de uma multa no valor de R$ 2.934,70. Além desse prejuízo, ele pode perder o direito de dirigir por um período de 1 ano.
Apesar de estar no CTB que, qualquer índice de álcool detectado no organismo do motorista é o suficiente para que ele seja autuado, existe uma pequena margem de tolerância que pode ser aplicada conforme o comportamento do motorista e a observação de necessidade da autoridade responsável pela aplicação do teste, além da margem de erro do equipamento. Essa margem fica em torno de 0,04 mg/L.
As possibilidades para recorrer a essas penalidades são muito pequenas. Na maior parte dos casos, o motorista consegue um resultado positivo apenas em caso de autuação pela recusa da realização do teste do bafômetro.
Por mais que existam possibilidade de margens de erro do equipamento e eliminação do excesso de álcool no sangue depois de algumas horas, devido o metabolismo orgânico. Não existem motivos que tornem o hábito de beber e dirigir uma ação segura.
Além dos riscos de se envolver em acidentes de trânsito, causando ferimentos sérios e até mesmo mortes, essa atitude implica em uma multa consideravelmente alta, e aplicações de penalidades que vão desde suspensão do direito de dirigir até a cassação desse direito, além de penas de reclusão que podem oscilar entre 6 meses e 3 anos.
Conteúdo revisado por Walter Tadeu de Oliveira Filho, Corretor de Seguros – Registro SUSEP: 201103878
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