O mundo dos seguros e a Internet das Coisas

Imagine conectar todo tipo de item usado por você no dia a dia à Internet. Isto representaria conectar eletrodomésticos, meios de transporte e até roupas e acessórios como relógios em dispositivos como computadores e smartphones. Cenário do futuro? Na verdade, não. Isto é a Internet das Coisas (IoT) e está cada vez mais próximo de se tornar realidade. Mas, como esta conexão pode afetar o mercado de seguros?

Bem, nos próximos anos, através deste mundo de “alta conectividade” e “coisas”, o mercado de Seguros vai sofrer uma grande transformação. Isto porque, as seguradoras interessadas em cortar custos, melhorar as práticas do negócio, ofertar novos serviços e avaliar melhor os níveis de risco dos clientes, cada vez mais vão investir em IoT.

Algumas seguradoras de automóveis e de saúde já estão oferecendo um novo tipo de seguro, baseado no uso (ou UBI = “usage based insurance”), que utiliza os dispositivos da IoT para controlar a atividade dos clientes e oferecer descontos ou recompensas por comportamento seguro e saudável. Acha esta realidade muito distante? Então surpreenda-se mais: existe uma expectativa de mercado que 17 milhões de pessoas terão tentado um seguro de automóvel tipo UBI no final de 2015.

Com isso, o seguro automóvel vai se revolucionar e se tornará mais “customizado”. Algumas seguradoras de veículos já utilizam “caixas pretas” instaladas nos automóveis para controlar a velocidade dos motoristas, os freios e a quilometragem com o objetivo de ajudar a definir os prêmios de seguro para aqueles motoristas dispostos a esse teste.

A absorção dos motoristas a esse procedimento ainda é limitada e apenas 10% tem um sistema “telemático” instalado no seu carro, mas a tendência deve vingar. Além disso, também pelo fato do carro do futuro ser conectado, as seguradoras de veículos vão poder acessar uma diversidade de informações dos veículos – desde que com a autorização dos proprietários.

Algumas seguradoras já estão lançando produtos desse tipo, os quais irão gravar os dados de condução mais detalhados do veículo, como o número de viagens realizadas, a hora do dia que o carro é usado e comportamento dos condutores. Elas afirmam que dentro de 10 anos todos os motoristas serão obrigados a ter tecnologia de rastreamento nos carros.

Isso significa que, se você tomar uma rota perigosa ou dirigir através de um local assinalado com “acidente”, por exemplo, os seus prêmios de seguros poderiam imediatamente ser aumentados. Ou seja, muita coisa vai mudar nesse segmento nos próximos anos! (Com informações de Eduardo Prado. Publicado no Portal Segs).

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