Cerca de dez mil km de rodovias brasileiras estão cedidos à iniciativa privada: De acordo com a pesquisa anual da Confederação Nacional do Transporte, CNT, a iniciativa privada é responsável pelas 14 melhores estradas brasileiras. No contrato de concessão, a empresa privada se responsabiliza por um trecho de rodovia, por tempo específico que pode chegar até 25 anos. Promove melhorias e faz a manutenção das pistas, mas tudo a um preço bem alto. Agora, Pernambuco está prestes a licitar um modelo inédito: a BR-232, uma concessão 100% paga com dinheiro público.
Na maioria das vezes, o reflexo desse serviço de melhorias é visto na cobrança do pedágio. Em São Paulo, por exemplo, a tarifa chega a R$ 14,80 para um automóvel particular. Nesse mesmo trecho, um caminhão com 3 eixos paga mais de R$ 40,00. Os caminhoneiros , os que mais saem em desvantagem, ainda assim acham que vale mais pagar pedágio a se aventurar pelas rodovias esburacadas.
A privatização das rodovias tem duas vantagens:
A primeira: o governo pode transferir verbas para outras atividades.
A segunda: as rodovias melhoraram porque a iniciativa privada, para justificar os lucros que tem no negócio, precisa conservar as pistas em um padrão mais elevado do que o seguido anteriormente.
Acaba custando mais caro para os motoristas porque há mais postos de pedágio espalhados pelas rodovias, mas segundo os estudiosos do assunto esse sistema é mais justo. Quem usa as estradas paga por sua conservação. Falta agora parar de cobrar os impostos que eram usados na conservação das rodovias, mas isso as autoridades ainda não se preocuparam em fazer.